É sabido que a maior e mais eficaz ferramenta de dominação e conformação das mentes utilizada pelos regimes totalitários – nazismo, fascimo, stalinismo – é a propaganda. Através dela é possível reescrever a história, adulterar fatos, datas, nomes, sobrescrever acontecimentos, apagar sujeitos, destruir movimentos e calar o contrário à máquina estatal. Uma ferramenta tão eficaz que manipula a opinião, forja ideologia, constrói coletividades, destrói diferenças e diversidade. Homogeiniza oprimindo o diferente, desaparece com o contrário, com o contraditório.

Serra diz que, diferente da Dilma, nunca mentiu… quem não se lembra da carta reconhecida em cartório em que ele se comprometia em não abandonar a prefeitura de São Paulo para concorrer às eleições de governador do estado? Serra diz que não conhece Paulo Preto… Diz que seu governo será para o povo, para o Brasil e não para seus amigos… sua campanha pinta o diabo de seu oponente, apelando para os setores mais conservadores da sociedades, como TFP, Opus Dei…

Assustadoramente, essas estratégias se parecem muito com as descritas por George Orwell, em seu livro 1984. O Partido do Grande Irmão, com o controle dos meios de comunicação em massa, formata o pensamentos dos indivíduos, acessa o que eles têm de mais conservador, incitando-os uns contra os outros para aniquilar qualquer movimento contrário. Lavagem cerebral, destruição do pensamento livre, conservadorismo, reação, uniformização, padronização, massificação, despolitização. Escolher o pior para si, pensando o contrário…

Este post não se trata de uma acusação, nem de apontar a campanha de Serra como uma campanha nazi-fascista. Apenas elenco afinidades eletivas entre as práticas… a estratégia PSDBista é da tentativa de reescrever a história forjando fatos, alterando a realidade e mobilizando o que cada um tem de mais conservador dentro de si.



Por: Aline